A oitiva desta terça-feira na CPI do Crime Organizado foi marcada por um embate direto entre o relator do colegiado, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), e o ministro da Justiça e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
Em intervenção firme, Vieira questionou possíveis vínculos de integrantes de tribunais superiores com pessoas associadas ao crime organizado, classificando o cenário como “extremamente grave”. O senador afirmou ainda que, diante dos elementos reunidos pela comissão, “se avizinha o dia de prisões”, sinalizando o avanço das investigações e o clima de tensão política em torno do caso.
Lewandowski, por sua vez, ouviu as críticas e respondeu aos questionamentos dos parlamentares, em uma sessão que atraiu grande atenção do público e reforçou o clima de confronto dentro da CPI.
O senador disse durante audiência com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski que "O crime organizado não é o preto pobre armado na favela, isso é o sintoma. O crime organizado é aquilo que a gente vê aqui em Brasília infiltrado em gabinetes, escritórios e várias atuações" —
Ao falar sobre as conexões do crime com autoridades, Vieira fez uma crítica à postura do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli de pegar carona em um jatinho acompanhado de um advogado do caso Master, do qual ele virou relator na Corte. O caso foi revelado pela coluna de Lauro Jardim, do GLOBO, no último fim de semana.