Em meio a críticas à política de segurança pública do Ceará, o ex-deputado federal e presidente do União Brasil no estado, Capitão Wagner, afirmou nesta segunda-feira (8) que está prestes a “colocar um colete e uma arma” para sair em busca do prefeito cassado e foragido de Choró, Bebeto Queiroz (PSB).
A declaração ocorreu durante o “Café da Oposição”, encontro que reúne lideranças políticas contrárias ao governo Elmano de Freitas (PT).
Bebeto está foragido desde dezembro de 2024, após ser alvo de operação da Polícia Federal que investiga um esquema de corrupção envolvendo desvio de emendas parlamentares para compra de votos em municípios do interior. A Justiça determinou a prisão preventiva do ex-prefeito à época.
Segundo Wagner, o político circula entre Fortaleza, Choró e Juazeiro do Norte. O ex-parlamentar criticou a ausência de uma ofensiva policial para cumprir o mandado de prisão e insinuou que aliados do governo estariam sendo blindados.
“O Estado tem que ter a coragem de cortar da própria carne. Eu sei que o Bebeto do Choró é do PSB, um partido aliado, mas isso não justifica nós não termos uma operação policial para achá-lo”, disse.
Wagner ainda levantou suspeitas de interferência política nas forças de segurança estaduais, sem apresentar provas. Para ele, a falta de determinação do Executivo estaria limitando a atuação de policiais.
“Não adianta comprar mais viatura e contratar mais profissionais se eles não podem atuar. Tenho certeza de que muitos sabem onde está o Bebeto, mas também sabem a repercussão de prender um aliado do Governo”, completou.
O Governo do Ceará ainda não se pronunciou sobre as declarações do ex-deputado.