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Especialistas comentam sobre impacto das campanhas para prefeitos nas disputas para as vagas de vereadorer
Politica
Publicado em 30/08/2024

Ao longo da corrida eleitoral, não são poucas as estratégias de campanha que tentam colar a imagem de candidatos para a prefeitura com os que concorrem a cadeiras na Câmara Municipal. E o mesmo também acontece no sentido inverso, com postulantes ao posto de vereador vinculando suas campanhas com as de prefeituráveis.

O objetivo dessa estratégia é que sejam conduzidas aos cargos eletivos, no mesmo pleito, representações alinhadas e que haja ainda um compartilhamento de votos dos mesmos eleitores.

A efetividade dela, entretanto, não é uma unanimidade para quem acompanha as movimentações. Lideranças partidárias e especialistas  vêem o cenário de maneiras diferentes, inclusive com fatores que podem reforçar ou não seu funcionamento. 

Há, por exemplo, quem aposte no modelo que associa plataformas políticas por conta da visibilidade e do custo-benefício, mas há ainda quem não acredite no potencial do formato, porque, na cabeça do eleitorado, a confiança depositada em cada uma das representações partiria de uma tomada de decisão distinta.

Para a socióloga e cientista política Paula Vieira, a estratégia se justifica pelo peso que as campanhas a prefeito têm no pleito. "Os cargos de Executivo vão funcionar como se fossem 'cabeças de chapa', para trazer todos os candidatos do Legislativo para dar essa visibilidade", explicou.

"É uma forma de dizer aos eleitores que ele tem acesso ao prefeito, ao candidato à prefeitura e que, se eleito, terá esse acesso com maior facilidade", definiu Vieira.

 

Mas, segundo ela, que também é pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem) da Universidade Federal do Ceará (UFC), outros contornos vão ditar a importância da participação de vereadores nos palanques para o Executivo.

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