A estudante Endy Lumy Okamura Miyashita, de 18 anos, foi aprovada em uma das melhores universidades de tecnologia do mundo, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos (EUA). A jovem, que mora e estuda no Ceará há cinco anos, é também multimedalhista em olimpíadas de diferentes áreas do conhecimento.
O "QS World University Ranking", reconhecido sistema de avaliação educacional, classificou o MIT como a melhor universidade do mundo. O levantamento considera mais de 1.500 instituições em todo o mundo e, pelo 13º ano consecutivo, o MIT.
Endy revelou que já inicia os estudos em Ciência da Computação no MIT em agosto deste ano e, no momento, prepara os documentos do visto para entrar como estudante nos Estados Unidos.
A jovem já estava cursando Ciência da Computação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), quando recebeu o resultado da aprovação no MIT.
"Eu estava com os meus amigos de olimpíadas que também passaram na Unicamp quando recebi o resultado. Eu fiquei muito feliz com a notícia, mas a ficha demorou a cair", diz Endy
Ela disse ter optado pelo MIT diante do alto nível de excelência acadêmica e pesquisa do instituto. “Estou com um pouco de medo, pois acredito que será desafiador, mas prefiro que seja assim, porque aprenderei muito mais”, descreve, ansiosa pela viagem.
A jovem, medalhista em olimpíadas nacionais e internacionais, conquistou a primeira bolsa de estudos aos 13 anos, quando foi convidada a vir de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para estudar em Fortaleza.
O estudo já levou Endy, estudante do Colégio Farias Brito, para diversas cidades do Brasil e do mundo. Ela coleciona medalhas de ouro, prata e bronze em olimpíadas de matemática, astronomia, ciências e computação.
Em 2023, no último ano do ensino médio, Endy tentou vaga para as universidades de Columbia, Wisconsin e MIT. A aprovação veio em março deste ano nas duas últimas instituições, e a estudante optou pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
Mas, para isso, a dedicação de Endy foi primordial. A estudante ia para escola às 8h e passava as manhãs na sala de olimpíadas se preparando para as disputas científicas. Durante as tardes, ela assistia às aulas e, em seguida, saía para jantar. Após a refeição, ela ficava na escola até as 22h ou ia para as aulas de dança.
Não foi apenas o destaque na matemática e na ciência que fez Endy ser aprovada no MIT. A jovem, que se diz bastante comunicativa, relata os trabalhos extracurriculares que contribuíram para alcançar a tão sonhada vaga.
“Em 2021, eu entrei no Núcleo Olímpico de Incentivo ao Conhecimento (Noic), na área de mídias. Lá, é produzido material gratuito para estudantes que desejam se preparar para diversas olimpíadas científicas. O projeto atende jovens de todo o País e é totalmente gratuito. No ano passado, eu me tornei diretora. O Noic é feito por estudantes, para estudantes”, detalha com orgulho sua trajetória no projeto.
Além do trabalho no Noic, ela também integrou o “Projeto Sem Parar” – iniciativa independente que prepara para olimpíadas científicas, mas com uma diferença: o projeto é feito por mulheres e voltado para mulheres."É incrível dividir conhecimento com outras meninas que amam ciência tanto quanto eu" confirma Endy
Para além dos estudos, Endy admite que também investe energia em outras atividades. “Eu amo dançar. É um dos meus hobbys favoritos. Também estou fazendo exercícios físicos e aulas para tirar a carteira de motorista. Estou descansando para aproveitar ao máximo a universidade. Espero fazer muitas amizades e trocar bastante aprendizado”.