No Paraná, agentes encontraram mais de R$ 100 mil em espécie dentro de veículos apreendidos na operação Follow The Money. Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em Barroquinha, no Interior cearense Crédito: DIVULGAÇÃO RECEITA FEDERAL
Outro ponto do trabalho policial descobriu mais de R$ 8 milhões na compra de máquinas pesadas para locação e prestação de serviços, mas sem nenhuma prestação de serviço relacionada. A lavagem envolvia compensações de boletos (cobrança bancária) pagos por empresas também ligadas à organização e suspeitas de serem exclusivamente utilizadas para movimentação de recursos ilícitos.
Uma empresa, do ramo de "atividades esportivas", estava no nome da companheira desse empresário, com suposta declaração falsa de serviços prestados.
A 14ª Vara Federal de Curitiba (PR) ordenou 33 mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária (em Curitiba e em Balneário Camboriú-SC). Também foi determinado o bloqueio de dezenas de imóveis urbanos e rurais, contas bancárias, veículos, motoaquáticas, caminhões e maquinários agrícolas. Dentro de alguns dos veículos apreendidos, os agentes encontraram mais de R$ 100 mil em espécie, guardados em bolsas.
Apreensão feita em 2019 deu origem a investigação da Operação Néctar
O nome da operação Néctar foi escolhido porque a investigação começou após a apreensão de 330 quilos de cocaína escondidos numa carga de mel, feita pela Receita Federal no porto do Pecém em agosto de 2019, que seria enviada para a Bélgica. Naquele momento, havia sido a maior apreensão de drogas em portos do Ceará.
A droga foi encontrada após informações trocadas entre os agentes da Receita e organismos internacionais de inteligência que monitoram cargas ilícitas em portos pelo mundo.
"Acreditamos que essa mesma organização criminosa foi responsável por diversas remessas, com base nas operações realizadas pela Polícia Federal ao longo dos anos em diversos locais", detalhou.
As operações analisadas teriam somado mais de sete toneladas de cocaína apreendida no período. Por conta do sigilo judicial, Mesquita não quis especificar quais seriam as outras operações, mas confirmou a gênese do trabalho investigativo a partir do carregamento de cocaína camuflada no mel. À época, a droga teria sido inserida no contêiner dentro do porto do Pecém.