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PF: duas operações que miram desbaratar tráfico pelos portos têm Ceará como alvo
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Publicado em 10/03/2024

 PF: duas operações que miram desbaratar tráfico pelos portos têm Ceará como alvo

As ramificações no Ceará para o tráfico internacional de cocaína enviada para a Europa a partir dos portos brasileiros, mais o crime associado de lavagem de dinheiro, foram alvo de duas operações simultâneas e distintas da Polícia Federal em território cearense, na manhã desta quar feira.                            O aupoato chefe do esquema seria um empresário de Curitiba (PR), do ramo de transportes, construção e de aluguel de máquinas pesadas. Só de gastos pessoais, foram identificados mais de R$ 18 milhões em compra de imóveis e veículos sem origem lícita conhecida.  Em duas grandes apreensões da droga que seriam vinculadas ao grupo, uma remessa interceptada tinha 700 kg de cocaína ocultos em uma lixeira de metal que seria transportada para um estado do Nordeste do Brasil, com possível embarque para o exterior. A outra foi uma apreensão de aproximadamente 800 kg de cocaína em um navio rebocador em Santa Catarina.

Uma empresa, do ramo de "atividades esportivas", estava no nome da companheira desse empresário, com suposta declaração falsa de serviços prestados.

A 14ª Vara Federal de Curitiba (PR) ordenou 33 mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária (em Curitiba e em Balneário Camboriú-SC). Também foi determinado o bloqueio de dezenas de imóveis urbanos e rurais, contas bancárias, veículos, motoaquáticas, caminhões e maquinários agrícolas. Dentro de alguns dos veículos apreendidos, os agentes encontraram mais de R$ 100 mil em espécie, guardados em bolsas.

Apreensão feita em 2019 deu origem a investigação da Operação Néctar

O nome da operação Néctar foi escolhido porque a investigação começou após a apreensão de 330 quilos de cocaína escondidos numa carga de mel, feita pela Receita Federal no porto do Pecém em agosto de 2019, que seria enviada para a Bélgica. Naquele momento, havia sido a maior apreensão de drogas em portos do Ceará.

A droga foi encontrada após informações trocadas entre os agentes da Receita e organismos internacionais de inteligência que monitoram cargas ilícitas em portos pelo mundo.

"Acreditamos que essa mesma organização criminosa foi responsável por diversas remessas, com base nas operações realizadas pela Polícia Federal ao longo dos anos em diversos locais", detalhou.

As operações analisadas teriam somado mais de sete toneladas de cocaína apreendida no período. Por conta do sigilo judicial, Mesquita não quis especificar quais seriam as outras operações, mas confirmou a gênese do trabalho investigativo a partir do carregamento de cocaína camuflada no mel. À época, a droga teria sido inserida no contêiner dentro do porto do Pecém.

Fonte: Jornal o Povo



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