Inadimplência no SFN sobe para 4% em outubro e atinge maior avanço anual desde 2022
A taxa de inadimplência do Sistema Financeiro Nacional atingiu 4% em outubro, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (26). O índice, que considera atrasos acima de 90 dias, avançou 0,1 ponto percentual no mês e acumula alta de 0,8 ponto em 12 meses — o maior salto anual desde 2022.
Após dois anos de oscilações mais moderadas, a partir de 2025 o indicador passou a subir de forma contínua, refletindo pressões sobre o crédito. No recorte do crédito livre, a inadimplência chegou a 5,3%, enquanto entre famílias ficou em 6,7% e entre empresas, em 3,3%.
O endividamento segue concentrado nos consumidores, que respondem por mais de 60% do crédito: R$ 4,3 trilhões contra R$ 2,6 trilhões das empresas. O comprometimento de renda das famílias alcançou 28,8%, o maior nível da série histórica.
Os juros do crédito livre chegaram a 58,7% ao ano para pessoas físicas e 25,2% para empresas. As concessões de crédito somaram R$ 690,8 bilhões em outubro, alta de 1,4%, apesar da queda nas concessões médias diárias.