O Ministério Público Eleitoral pediu a suspensão da candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo e será analisado na justiça eleitoral. O candidato é acusado de abuso de poder político e econômico por conta do evento do Primeiro de Maio quando o presidente Lula teria pedido votos para ele. Na ocasião Lula discursou ao lado de Boulos e disse que “cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010, em 2018, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”.
De acordo com Alberto Rollo, advogado especialista em direito eleitoral, o juiz aciona a campanha de Guilherme Boulos que tem cinco dias para apresentar sua defesa. Apresentada a defesa e o parecer do MP, faz o julgamento e, entre uma semana e 10 dias, deve sair uma sentença.
Inicialmente, o juiz eleitoral Antonio Maria Patiño Zorz considerou que não foi demonstrando como o evento seria fator impeditivo para a continuidade do registro de candidatura do psolista. “verifico que não foi demonstrado pelo autor de que forma o mero ajuizamento desta ação de investigação judicial eleitoral por suposta prática de abuso de poder político, econômico e apontada captação ou gasto ilícito de recursos em eventos de alegada pré-campanha eleitoral pode caracterizar fator impeditivo à continuidade da tramitação do requerimento de registro de candidatura do réu Guilherme Castro Boulos”, escreveu.