A Justiça Eleitoral determinou a posse imediata do presidente da Câmara Municipal de Barroquinha, professor Wilson, como prefeito interino do município. A medida ocorre após a cassação do prefeito Jaime Veras, da vice-prefeita Carmem Lúcia e de cinco vereadores eleitos em 2024 por prática de coleta e gasto ilícito de recursos durante o pleito.
A cerimônia de posse de Wilson foi nesta terça-feira, 2 de setembro, às 9h, em sessão extraordinária na Câmara Municipal.
O ato foi convocado pelo próprio presidente do Legislativo, que assume o comando do Executivo até a realização de eleição suplementar.
Além de Jaime Veras e Carmem Lúcia, perderam os mandatos os vereadores Benedito Airton das Chagas, Arlene Alves de Carvalho, José Maurício Magalhães Júnior, Maria Andreina Rocha Nóbrega e Genilson Moreira de Brito.
Conforme o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), uma nova eleição será organizada nos próximos dias para definir os novos gestores da cidade. Até lá, Wilson ficará responsável pela administração municipal.
O prefeito ja se reuniu com o secretariado, nesta mesma terça-feira, atarde, objetivando alinhar ações para evitar interrupção nos serviços públicos e ter uma posição referente a administração.
Vereadores de oposição deram as boas-vindas a Prof. Wilson, que foi muito aplaudido durante toda a seção de extraordinária, que contou com a presença de vereadores de outros municípios e da deputada Keivia Dias.
O procurador do município, Dr. Artur, disse que não esta a serviço de grupos políticos e sim a serviço do município e que o prefeito empossado poderia contar com ele.
Jaime Veras, filho da 1ª prefeita de Barroquinha, ja foi prefeito em 3 mandatos e teve seus diritos políticos cassados por improbidade administrativa após seu 2º mandato, tendo ficado afastado do comando municipal por mais de uma década.
De acordo com observadores políticos, apesar de ter sido eleito nas últimas eleições em 2022, Jaime foi politicamente o grande derrotado, dado a insignificante maioria de votos, diante de sua longa história na política e, no ano da eleição, era prefeito e estava como o poder na mão.
