Pelo menos três prefeitos eleitos em municípios do Ceará estão sendo investigados por suposto envolvimento com organizações criminosas que atuam no estado. Uma realidade preocupante que revela a infiltração de facções no poder público.
O caso mais recente envolve o prefeito reeleito de Potiretama, Luan Dantas Félix (PP), acusado de integrar uma organização criminosa e de ordenar o incêndio da fazenda do advogado Fernando Bezerra, que foi candidato a prefeito de Alto Santo, município vizinho.
Luan foi preso após tentar fugir para o Rio Grande do Norte. Ele também é investigado por um esquema de superfaturamento de combustíveis na prefeitura e teria envolvimento com pelo menos 10 homicídios, incluindo o de uma testemunha do incêndio.
Segundo a vítima do incêndio, Luan teria oferecido R$ 25 mil a um criminoso para matá-lo. A vítima, inclusive, chegou a viver alguns meses nos Estados Unidos. Ele conversou com exclusividade com o jornalismo da Jangadeiro. Confira.
Este não é o único caso. O prefeito eleito de Choró, Carlos Alberto Queiroz Pereira (PSB), conhecido como Bebeto do Choró, está foragido desde dezembro, investigado por associação criminosa, fraudes em licitações e corrupção eleitoral. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE) cassou seu mandato, tornando-o inelegível por oito anos.
Além disso, o prefeito eleito de Santa Quitéria, José Braga Barroso (PSB), o Braguinha, foi preso em janeiro e mesmo após ser solto permanece afastado do cargo. Ele está sendo investigado, entre outros crimes, por suspeita de envolvimento com uma facção criminosa. A prefeitura foi assumida por seu filho, o vereador Joel Barroso (PSB).