O motorista de aplicativo e lutador profissional de Jiu-Jitsu, Edilson Florêncio, conhecido como Edilson Moicano, 48, foi preso em flagrante por estupro em Fortaleza na madrugada do último domingo (19). Segundo a Polícia Militar do Ceará, a vítima, uma mulher de 27 anos, embarcou em uma corrida feita fora da plataforma oficial e foi levada a um matagal, onde foi imobilizada com um "mata-leão" e violentada. Durante o patrulhamento, os policiais localizaram o carro estacionado, ouviram os gritos da vítima e impediram a fuga do suspeito. O caso está sob investigação, e o crime é tipificado no artigo 213 do Código Penal Brasileiro, que não exige consumação do ato para sua caracterização. Ele chegou a compartilhar um vídeo com conteúdo polêmico intitulado “Cidades do Ceará que têm mulher sobrando”.
A recorrência de casos de estupro no Brasil evidencia uma grave falha no enfrentamento desse crime, que combina fatores culturais, sociais e jurídicos. A ausência de penas realmente severas, somada ao mecanismo de progressão de regime, transmite uma mensagem de impunidade e desamparo às vítimas. Enquanto os predadores podem cumprir penas reduzidas, as marcas do trauma permanecem para quem sofre a violência. É urgente compensar o sistema penal para garantir punições proporcionais e efetivas, além de políticas preventivas que combatam a naturalização da violência de gênero.