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Mulher rompe aorta durante orgasmo e é levada à emergência em caso raro
Publicado em 14/07/2025 14:31 • Atualizado 14/07/2025 14:32
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Uma mulher de 45 anos rompeu a aorta e precisou ser levada a uma emergência após ter orgasmo. Conforme detalhado na revista científica "American Journal of Case Reports", ela estava tendo relações sexuais com o marido, quando sentiu um estalo seguido de dor irradiando pelas costas. 

O estudo do caso foi conduzido no hospital Merit Health Wesley, situado em Hattiesburg, Mississippi, nos Estados Unidos.

"A dor era intensa e se assemelhava a facadas, associada à falta de ar e náuseas", detalhou a publicação. Logo em seguida, foi ao hospital, apresentando queixas torácicas. No momento da relação, ela estava com as pernas apoiadas no peito.

Após exames, identificaram um hematoma intramural na aorta, uma grave condição relacionada com o sangramento da parede da aorta. Conforme o g1, o quadro é considerado uma Síndrome Aórtica Aguda (SAA).

Caso o não seja realizado o tratamento adequado, a condição pode evoluir para ruptura aórtica total e aneurisma. 
A paciente fumava há 17 anos e tinha hipertensão não tratada há um ano. Ela realizou uma cirurgia cardiotorácica e teve alta após três dias. 

ORGASMO NÃO FOI A CAUSA

O evento não foi causado diretamente pelo orgasmo. A paciente tem fatores de risco, como hipertensão não tratada e histórico de tabagismo, que fragilizaram a parede da aorta. 

esforço físico moderado durante a atividade sexual pode ter contribuído para o rompimento, mas a causa fundamental está relacionada às condições clínicas pré-existentes da paciente, e não ao orgasmo.

O QUE É A AORTA

Maior artéria do corpo humano, a aorta tem a função de conduzir o sangue rico em oxigênio do coração para todo o organismo.

Ela se origina no ventrículo (cavidade do coração) esquerdo, percorre o tórax em forma de arco e desce pelo abdômen, ramificando-se para irrigar os órgãos e os membros inferiores.

ENTENDA A SÍNDROME AÓRTICA AGUDA

A Síndrome Aórtica Aguda registra alta taxa de mortalidade, que aumenta aproximadamente 1% a cada hora sem tratamento.

Cerca de 22% dos casos não são diagnosticados até o momento do óbito. 

 

Conforme os pesquisadores, são raros os casos em que a morte súbita está relacionada com a SAA associada com atividades físicas. 

 

Nessas ocorrências, o tratamento pode ser clínico ou cirúrgico.

No caso da paciente, ela realizava uma atividade com esforço físico moderado, que pode alcançar níveis de exercício quase máximos. 

"Nosso caso é incomum por ser uma mulher, em relação sexual consensual com o marido, mas com fatores de risco como hipertensão não tratada e tabagismo crônico", informaram os médicos.

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