O secretário-adjunto de Segurança da cidade de Osasco (SP), Adilson Custódio Moreira, morreu nesta segunda-feira após ser baleado por um guarda civil municipal dentro da sede da prefeitura. Não há até o momento confirmação do número de disparos efetuados, nem onde o secretário-adjunto foi atingido. A motivação do crime também não está clara e deve ser alvo de investigação. O autor dos tiros foi identificado como Henrique Marival de Sousa e se entregou à polícia no início da noite após negociação com policiais do Gate, o Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Civil. De acordo com apuração, o agente teria participado de reunião com o secretário-adjunto durante a tarde junto a outros colegas da Guarda Civil Municipal, quando teria se desentendido com Moreira e feito vários disparos.

Os demais agentes que participavam da reunião correram do local e o autor do disparo se trancou na sala com o secretário-adjunto, onde o atirador permaneceu por cerca de duas horas, até se entregar. A sede da prefeitura foi evacuada durante as negociações conduzidas pelo Gate, que não tinha informações sobre o estado de saúde de Moreira.

O prefeito recém-empossado Gerson Pessoa (Podemos) decretou luto oficial de três dias na cidade. Em publicação nas redes sociais, Pessoa lamentou a morte do servidor. "Estou consternado com essa situação. Vamos acompanhar a família do Moreira e oferecer todo o suporte necessário neste momento de dor", escreveu.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o autor do crime será encaminhado ao 5º Distrito Policial da cidade, onde será ouvido e indiciado. "Exames periciais foram solicitados e mais informações serão fornecidas após o registro do boletim de ocorrência", acrescentou a pasta.

A prefeitura de Osasco também lamentou a morte de Moreira e disse ainda não ter informações a respeito do velório e sepultamento do secretário-adjunto.

Houve uma discussão entre Adilson e Henrique sobre a alteração de escala, que envolveria mudança de local de trabalho. O GCM, então, sacou a arma e fez disparos contra o secretário-adjunto. Os demais guardas-civis saíram correndo, e o agressor trancou a porta.

O guarda ficou trancado por cerca de duas horas na Sala Oval, e o Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate) negociou para que ele se entregasse. A Prefeitura de Osasco disse ainda que o guarda manteve o secretário-adjunto como refém, trancou as portas de acesso e montou barricadas.

O guarda-civil se entregou por volta das 19h30 e foi levado preso à delegacia seccional de Osasco. Em 2017, o guarda havia sido elogiado pelo comandante da GCM por sua atuação em uma ocorrência com motociclistas.

Adilson Custódio Moreira trabalhou na Prefeitura de Osasco por oito anos. Entrou com o ex-prefeito Rogério Lins e foi mantido pelo novo gestor, Gerson Pessoa.

Secretário-adjunto da Segurança de Osasco, Adilson Custódio Moreira, morto a tiros por guarda — Foto: Secom Osasco

Os corredores foram interditados para os trabalhos das polícias Civil, Militar e Guarda Civil Municipal e os demais funcionários foram orientados a deixar a prefeitura.

No entorno do prédio, diversas ambulâncias e carros da polícia e dos bombeiros acompanharam a ocorrência.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública lamentou "a morte do secretário-adjunto da Segurança do município de Osasco, que foi mantido refém por um guarda civil, na sede da Prefeitura, na tarde desta segunda-feira (6).

O autor do crime se entregou após negociações do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), da Polícia Militar. Ele será encaminhado ao 5º Distrito Policial da cidade, onde será ouvido e indiciado. Exames periciais foram solicitados e mais informações serão fornecidas após o registro do boletim de ocorrência".